Um novo coletivo no SEPE-RJ: O Campo Luta Educadora
Por Jane Barros e Jonathan Mendonça
Luta Educadora Jonathan Mendonça Se os poderosos senhores Impõe-nos à força bruta Silêncio pras nossas dores E dor pra nossa labuta Não calam os educadores Só educa quem reluta! Quanto mais a gente luta Mais a luta nos educa! Aprendi em movimento Que quem para se amputa E é vão o conhecimento Que não espelha a conduta Educa-se o pensamento Sendo parte na disputa Quanto mais a gente luta Mais a luta nos educa | Se a luta é educadora Então que ela repercuta Contra a mão opressora Que a educação refuta Que a classe trabalhadora Una-se toda em luta Quanto mais a gente luta Mais a luta nos educa! |
O Campo Luta Educadora (LE) é formado por um grupo de profissionais da Educação, da rede estadual e das redes municipais do Rio de Janeiro que entendem a necessidade da nossa organização para fortalecer os instrumentos capazes de potencializar a nossa luta. Compreendemos que a falta de climatização nas escolas e o superfaturamento dos aparelhos de ar condicionado, os baixos salários, as terceirizações, a ausência de material didático, ou ainda a falta de canetas para os novos quadros são reflexo da mesma política neoliberal de Dilma, Cabral, Paes e demais prefeituras. O objetivo é colocar em pauta os problemas do cotidiano da nossa categoria de modo a relacioná-los com os problemas estruturais da sociedade.
As reclamações e angústias que discutimos e ouvimos na sala dos professores, na secretaria escolar, na cozinha e corredores tem que tomar as ruas. Sabemos que o clima de pessimismo, de que não adianta fazer nada, de que não tem mais jeito mesmo, é muito forte ainda. O que ocorre é que nossas vitórias só são garantidas quando a gente se une para lutar.
O Campo é formado por professores e funcionários com maior e menor experiência no exercício da docência, expressando o olhar curioso e descontente dos novos e a experiência e resistência dos mais antigos. Essa junção, parte da necessidade e da constatação de que é preciso retomar o trabalho de base no sindicato dialogando com os profissionais da educação de modo a colocar na agenda o debate político dentro das escolas, ampliando a participação do conjunto da categoria na construção das lutas. Reivindicamos a experiência da luta histórica dos educadores do SEPE, assim como combatemos vícios e formas não saudáveis de construção da política coletiva.
O campo tem funcionado de modo bastante democrático de maneira a respeitar as diferentes trajetórias, experiências e acumulo. Todavia se localiza no campo da esquerda combativa, democrática, autônoma e independente em relação aos governos.
Vivemos hoje um período histórico em que o lema é Unidade. Unidade da esquerda para enfrentar os ataques dos governos neoliberais, seja ele de Dilma, Sergio Cabral ou Eduardo Paes. Todavia esta unidade não pode se sobrepor aos princípios democráticos e ao programa que defenda de fato o interesses dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.
Por isso defendemos:
- O trabalho de base e os espaços de formação classista como instrumentos para ampliar o engajamento e a participação do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras nas lutas. O nível de consciência de nossa classe se eleva a partir do seu protagonismo nas lutas!
- Unidade de Ação com os diversos setores que representam o movimento dos trabalhadores com instituição de agenda de luta comum para enfrentar os ataques aos direitos dos trabalhadores.
- Pela criação de um Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e investir na ampliação do Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública.
- Pela implementação do Plano Nacional de Educação (PNE) construído pela sociedade brasileira, contra o PNE de Lula e Dilma.
- Todo esforço no processo de unificação dos setores que compõem a esquerda anticapitalista e antineoliberal – CSP-Conlutas e Intersindical – pela construção de uma Central Sindical e popular autônoma e independente dos governos, que organize as lutas da classe trabalhadora em nosso país.
Fragmento extraído do site da LSR
Bancada do Campo Luta educadora ao final do XIII Congresso do SEPE