quarta-feira, 30 de abril de 2014

BALANÇO DO XIV CONGRESSO DO SEPE/RJ - Signatários da tese 7

BALANÇO DO XIV CONGRESSO DO SEPE/RJ
SIGNATÁRIOS DA TESE 7:
A LUTA É EDUCADORA, QUEM DECIDE É A BASE!

O desfecho do XIV Congresso do Sepe/RJ precisa ser observado à luz do processo de
transformação pelo qual passa a nossa entidade, desde o surgimento de uma nova vanguarda forjada nas greves de 2011 e 2013. Desse ponto de vista, o resultado do Congresso aponta avanços significativos no que tange a democratização da estrutura e funcionamento do SEPE/RJ.

Apesar da natureza democrática do nosso estatuto, a existência de uma direção que se mantém na estrutura do sindicato desde a década de 80, e que, ao longo dos anos, construiu mecanismos particulares para dirigir a entidade e dificultar a participação da base – como acordos prévios entre as organizações que compõem a direção; a falta de transparência no trato dos recursos financeiros do sindicato; o esvaziamento das instâncias de base (conselhos de representantes e assembleias locais) e a falta de políticas de formação – favoreceu a consolidação de uma burocracia sindical, que confunde “experiência” com “poder” e “tempo de militância” com “legitimidade”, impedindo a formação de novos quadros e a renovação nas instâncias de direção.

Mas os ventos da renovação parecem soprar com mais vigor a partir do surgimento desta nova vanguarda. O aprofundamento das políticas neoliberalizantes na educação pública, a degradação da carreira, a sobrecarga de trabalho e, sobretudo o assédio e a repressão a que estão submetidos os trabalhadores/as da educação em suas escolas e creches, trouxe para as greves novos atores, com disposição e combatividade para enfrentar governos e questionar os rumos das lutas e do nosso sindicato. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

APÓS O CONGRESSO DO SEPE - Balanço da Luta Educadora/Bloco Resistência Socialista


Neste congresso do SEPE, vimos alguns avanços, no entanto, foram poucos os que saíram satisfeitos. Dentre os avanços tivemos a garantia da proporcionalidade nas eleições, que garante maior representatividade na direção; o fim dos delegados natos, forçando os diretores do SEPE Central a se elegerem delegados na base; a formação de um fundo de greve, que garantirá auxílio à categoria em eventuais cortes de ponto; e sobretudo o limite de 2 mandatos consecutivos na direção, forçando a renovação e desencastelando burocratas. Alertamos, porém, ao fato que esse limite não é retroativo e por isso só terá efeito nas eleições de 2018!!!
Este congresso contou com inúmeros problemas organizativos desde o primeiro dia com atrasos de até absurdas 6 horas na 5ª feira, longas filas nas refeições, creche encerrando horas antes do término das atividades etc. Apesar dos avisos de que a velha manobra de esvaziamento poderia derrubar o quórum e impedir a votação de todos os assuntos necessários, foi votado um quórum alto, de 50%, defendido pelas principais forças da direção (setores do PSOL\PSTU\PT).
A não filiação do SEPE a CSP Conlutas tornou-se o principal debate do congresso, mas a demora e tensão do debate, com contagens desnecessárias de voto, argumentos rasteiros e provocações de ambos os lados, alienou a base deste importante debate. A Luta Educadora defende a filiação do SEPE à CSP Conlutas por entender que ela é um importante passo adiante na reaglutinação da esquerda não governista, agregando diversos sindicatos, movimentos sociais e de opressões, que constroem importantes lutas em todo país.
Infelizmente, com a demora deste debate e o esvaziamento proposital da bancada CUTista e de parte das bancadas da CSP e Insurgência\PSOL (proponente do tão democrático plebiscito), temas importantes como a eleição do conselho fiscal e a regulamentação do comando de greve não foram votados, desrespeitando as demandas da base ante essa direção burocratizada.
É importante que terminado o congresso, nos voltemos ao trabalho de base nas escolas, assegurando a reconstrução do movimento na rede estadual e a construção de uma greve forte no município, com comando de greve regulamentado nas assembléias, ousadia e radicalidade, rumo à vitória!