terça-feira, 1 de abril de 2014

APÓS O CONGRESSO DO SEPE - Balanço da Luta Educadora/Bloco Resistência Socialista


Neste congresso do SEPE, vimos alguns avanços, no entanto, foram poucos os que saíram satisfeitos. Dentre os avanços tivemos a garantia da proporcionalidade nas eleições, que garante maior representatividade na direção; o fim dos delegados natos, forçando os diretores do SEPE Central a se elegerem delegados na base; a formação de um fundo de greve, que garantirá auxílio à categoria em eventuais cortes de ponto; e sobretudo o limite de 2 mandatos consecutivos na direção, forçando a renovação e desencastelando burocratas. Alertamos, porém, ao fato que esse limite não é retroativo e por isso só terá efeito nas eleições de 2018!!!
Este congresso contou com inúmeros problemas organizativos desde o primeiro dia com atrasos de até absurdas 6 horas na 5ª feira, longas filas nas refeições, creche encerrando horas antes do término das atividades etc. Apesar dos avisos de que a velha manobra de esvaziamento poderia derrubar o quórum e impedir a votação de todos os assuntos necessários, foi votado um quórum alto, de 50%, defendido pelas principais forças da direção (setores do PSOL\PSTU\PT).
A não filiação do SEPE a CSP Conlutas tornou-se o principal debate do congresso, mas a demora e tensão do debate, com contagens desnecessárias de voto, argumentos rasteiros e provocações de ambos os lados, alienou a base deste importante debate. A Luta Educadora defende a filiação do SEPE à CSP Conlutas por entender que ela é um importante passo adiante na reaglutinação da esquerda não governista, agregando diversos sindicatos, movimentos sociais e de opressões, que constroem importantes lutas em todo país.
Infelizmente, com a demora deste debate e o esvaziamento proposital da bancada CUTista e de parte das bancadas da CSP e Insurgência\PSOL (proponente do tão democrático plebiscito), temas importantes como a eleição do conselho fiscal e a regulamentação do comando de greve não foram votados, desrespeitando as demandas da base ante essa direção burocratizada.
É importante que terminado o congresso, nos voltemos ao trabalho de base nas escolas, assegurando a reconstrução do movimento na rede estadual e a construção de uma greve forte no município, com comando de greve regulamentado nas assembléias, ousadia e radicalidade, rumo à vitória!

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