quarta-feira, 3 de agosto de 2011

“Quanto mais a gente luta mais a luta nos educa”


                                                                          
Adoro e adoto essa frase e...
 Foi durante o governo Médici que Che Guevara veio parar na minha vida. Por acaso, a menina moradora do setor militar de Brasília encontrou uma publicação que falava desse homem, de sua luta e sua morte- esse cara existiu?- também quero ser cidadã do mundo!
Meio sem saber, um caminho começava a ser trilhado. Anos mais tarde, em uma universidade federal das Minas Gerais, em pleno domingo, um grupo de meninos se reunia para discutir o papel da mulher em uma nova sociedade a ser construída- esses meninos- homens existem?- quero ser essa mulher dessa nova sociedade! Eu estava definitivamente conquistada, já havia escolhido o meu caminho- o da LUTA!
O movimento estudantil da década de setenta não preparou, exatamente, a nova mulher mas, um ser humano melhor, comprometido com a vida e suas causas. Aprendi com a luta a não ser engessada pelo medo mesmo correndo da polícia, prestando esclarecimentos à coordenadorias governamentais por criticar projetos pseudo-sociais ou ficando trancada em diretórios estudantis com outros companheiros para não sermos presos. Aprendi a não ter dono  e sim, companheiro, fugindo, literalmente, de relações machistas.
A luta permitiu um olhar generoso sobre o mundo na criação de uma filha que é grande companheira de aventuras!
Hoje, quando entro nas assembléias, participo de uma passeata ou recolho assinaturas no acampamento,  tenho de novo dezoito,vinte anos,estou em casa, estou entre os meus e continuo lutando,contra uma outra forma de opressão, de desigualdade e continuo aprendendo com a luta. 
                                        Noemia Casanovas

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