segunda-feira, 13 de junho de 2011

ESCOLAS ESTADUAIS ESTÃO EM GREVE

 

Baixos salários e más condições de trabalho levaram

os profissionais de educação ao movimento

 

 

Em assembléia que reuniu mais de dois mil professores e funcionários administrativos no Clube Municipal, na Tijuca, dia 7 de junho, os profissionais de educação das escolas estaduais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A falta de disposição
do governo em negociar e atender nossas reivindicações foi o principal motivo para a decisão da categoria entrar em greve. Há muito tempo que tentamos negociar, mas o
atual governo nunca se dispôs a discutir.

Essa verdadeira política de descaso com a rede estadual não se reflete apenas nos baixos salários dos professores e funcionários. Ela também é sentida pelos alunos, pais e responsáveis, já que as escolas têm uma enorme falta de estrutura – por causa dos baixos salários, há uma enorme evasão de professores na rede e mesmo aqueles que são contratados não ficam muito tempo e abandonam o cargo. O resultado disso são turmas super-lotadas e uma diminuição da carga horária de aulas.


RIO É O PENÚLTIMO COLOCADO NO IDEB


Não podemos esquecer também os péssimos resultados da educação pública estadual em 2010, na avaliação do IDEB, na qual o Rio de Janeiro ficou na frente apenas do Piauí, um dos mais pobres estados do Brasil. O IDEB confirma as nossas denúncias ao longo dos
últimos anos: o governo estadual é o responsável pelo descumprimento do direito de todo cidadão a uma educação de qualidade, pública e gratuita.

Assim, cerca de 1,2 milhão de alunos sentem na carne o descaso e a omissão do governo, que não investe o que tem que investir por lei na Educação. Hoje, um professor do estado iniciante (nível 1) recebe um piso salarial de R$ 610,38; já um professor iniciante com nível superior (nível 3), que é a maioria da rede, recebe R$ 766,00; só para se ter uma idéia da defasagem salarial do profissional que atua na rede estadual, apresentamos o  seguinte dado:
um professor do CAP UERJ, que também é administrado pelo estado, recebe R$ 3.299,50 ou 4,31 vezes a mais. Já um funcionário administrativo recebe um vergonhoso piso,
que é inferior ao salário mínimo.

APOIO AOS BOMBEIROS


Por fim, o Sepe esclarece também que, embora apoiemos o movimento de reivindicação dos bombeiros e estejamos dispostos a realizar manifestações unificadas não só com eles, mas também com o conjunto dos servidores públicos estaduais em luta por melhores salários e condições de trabalho, os profissionais das escolas estaduais tem uma pauta de reivindicações específica.
Exatamente porque o governo do estado não atendeu a nenhuma das reivindicações da categoria até o presente momento, os profissionais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Por isso tudo, os profissionais de educação das escolas estaduais reivindicam do governo a abertura imediata de negociações em torno da seguinte pauta:

 

  • UM REAJUSTE EMERGENCIAL DE 26%;
  • A INCORPORAÇÃO IMEDIATA DA TOTALIDADE DA GRATIFICAÇÃO DO NOVA ESCOLA.
    (PREVISTA PARA TERMINAR SOMENTE EM 2015);
  • A REGULAMENTAÇÃO DOS ANIMADORES CULTURAIS;
  • O DESCONGELAMENTO DO PLANO DE CARREIRA DOS FUNCIONÁRIOS.
  • ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO ESTADUAL, ENTRE OUTRAS REIVINDICAÇÕES.

Informativo do SEPE esclarecendo a população acerca da Greve que irá circular em jornal de grande veiculação no dia 14/06/2011.

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