quarta-feira, 15 de junho de 2011

O lado obscuro d´“O DIA”.

 
 
  O jornal "O DIA" presta um desserviço a população carioca ao macular as noticias da greve dos servidores da educação do estado. Assim, busca defender o  grande "patrono" deste jornal: o sr. Sérgio Cabral. Ontem (14/06/11) foram mais de 2000 educadores em assembleia do SEPE-RJ deliberando a continuidade da Greve da educação da Rede Estadual, em uma assembleia mais representativa do que a primeira, também bastante representativa. Não obstante, a presença em massa dos profissionais da educação nestas assembleias refutam os dados falaciosos do governo divulgado pela imprensa que ironizam o movimento ao declarar que “apenas” 2% dos profissionais educadores pararam.
   Perdem, assim, todos. Antes de tudo o jornal “O DIA” e Sérgio Cabral por omitirem a verdade em troca de pretensos ganhos políticos, acabam conseguindo justo o seu revés, o ônus do engodo, do embuste e da hipocrisia. Perdem, momentaneamente, os profissionais da educação, mas dialeticamente, ganham: ao perceberem a necessidade de eles, os trabalhadores, construírem seus próprios meios de informação e não necessitarem de préstimos de uma imprensa “subserviente”; que só defende a liberdade de imprensa com o intuito único de se manter PRESA, sob o disfarce de opinião, aos interesses da elite brasileira e de seus pretores nos governos. Mas perde, sobremaneira, a população carioca, que fica a mercê das inverdades propaladas como notícias no dito jornal, bem como vê suprimir o seu direito fundamental ao acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade.
   Ao dar voz e espaço desiguais às partes em conflito, o jornal denota, com sutileza, a qual lado apoia. Publica e mantém no ar por meses, matéria paga pela empresa mais poluidora da região de Santa Cruz - a CSA ThyssenKrupp - que, ironicamente, diz ter montado uma “escola verde”. Ali se ensinam as premissas do desenvolvimento sustentável, que bem como sabemos, é uma teoria desenvolvida a favor do interesse das grandes indústrias com vistas mais a agregarem valores às suas mercadorias, e não na defesa do meio ambiente (vide charge). Enquanto isso, a população de Santa Cruz sofre com as doenças e a devastação promovida por esta siderúrgica. Coloca, ao lado de uma ínfima nota de continuidade da greve, vultuosa matéria informando que a SEEDUC estuda cortar o ponto dos educadores em luta. A qual lado defende? A quem dá mais voz? A quem quer privilegiar? E Por quê?
malvados.desenvolvimento sustentavel
   Contudo, a história dos homens e mulheres em luta já provou que estes, quando perseveram, ultrapassam sem dificuldades os mais diversos obstáculos. E assim o será com “o muro da censura” que tenta obstaculizar os reclames dos trabalhadores da educação; e com todos os outros obstáculos que se anteporem ao nosso movimento rumo á inexorável vitória daqueles que, na luta, se organizam e se educam. “Malgrado o destino”, que imporá a este jornal a mais torpe das derrotas, aquela que temos que admitir a nossa pouca força, quando parecíamos inabalável. Vitória dos trabalhadores e da população carioca, derrota do governo, dos opositores da educação pública e deste jornal: que terá de trazer impressa em suas páginas as cores da nossa conquista!  “Ironia” da história.
As charges são de Autoria de Aroeira (1) e André Dahmer (2).
Por Prof. Lamarão

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