sábado, 18 de junho de 2011

Professores em greve lamentam não serem recebidos por secretário no RJ

Educadores da rede estadual realizaram passeata no Centro nesta sexta (17).
Categoria pede reajuste e quer o fim do corte de ponto para os grevistas.

Do G1 RJ

 

Após a passeata dos professores da rede estadual nesta sexta-feira (17), no Centro do Rio, uma comissão de educadores foi até a Secretaria de Planejamento e Gestão do estado. De acordo com o sindicato da categoria, o grupo pretendia se reunir com o secretário Sérgio Ruy Barbosa para discutir as reivindicações salariais. No entanto, segundo os professores, o grupo não foi recebido pelo secretário.

"Infelizmente, mais uma vez, não fomos recebidos por nenhuma autoridade do governo do estado. Ficamos mais de duas horas na porta da Secretaria de Planejamento, tentando negociar para que uma comissão fosse recebida pelo secretário, Sergio Ruy Barbosa, mas nos disseram que ele tinha ido almoçar e ninguém  nos atendeu. Nós deixamos nossos telefones, mas até agora não tivemos nenhum retorno", desabafou Gesa Corrêa, uma das diretoras do sindicato - o Sepe-RJ.

A Secretaria de Planejamento e Gestão informou que "o gabinete do secretário só recebeu o pedido de audiência na manhã desta sexta, motivo pelo qual foi impossível atender a solicitação". No entanto, a assessoria de imprensa da Secretaria argumentou que Sérgio Ruy Barbosa receberá uma comissão dos professores na próxima semana, junto com o secretário de Educação do estado, Wilson Risolia.

Professores em greve pedem reajuste salarial
(Foto: Aluizio Freire/G1)

Abraço simbólico ao fórum
Durante a manifestação, os professores deram um abraço simbólico no Fórum do Rio. A tentativa dos grevistas foi sensibilizar a juíza Isabela Pessanha Macedo, da 13ª Vara de Fazenda Pública, para que a magistrada não aceite a medida proposta pelo governo do Rio de cortar o ponto dos professores grevistas.

Segundo o sindicato, a juíza alegou que está substituindo o magistrado titular da vara, e informou que apenas ele pode cuidar do caso. Na próxima segunda-feira (20), os professores vão se reunir em uma nova assembleia para discutir os rumos da greve.

O prédio da Secretaria de Planejamento e Gestão chegou a ser cercado por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

saiba mais

Reivindicações
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que a paralisação, que teve início no dia 7 de junho, já atinge 65% das escolas do estado. A categoria pede reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e ainda descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da educação estadual.

“O piso salarial do professor hoje é de R$ 610, e do funcionário administrativo, R$ 433. Estamos em greve, mas até agora o governo não quis atender nossas reivindicações, nem conversar. Portanto, a paralisação vai continuar”, disse a diretora do Sepe, Gesa Corrêa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário