quinta-feira, 14 de julho de 2011

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Governo vai propor aumento a administrativos de escolas, diz Alerj

Outra medida do governo é antecipar aos professores o reajuste de 9,2%.
Categoria quer aumento de 26% e incorporação do Novo Escola ao salário.

Tássia Thum Do G1 RJ

 

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo, informou nesta quinta-feira (14), que o governo apresentará duas propostas para os professores e funcionários administrativos das escolas estaduais, que estão em greve há quase 40 dias. Uma das propostas, segundo Melo, é o aumento salarial para os funcionários administrativos das escolas estaduais. No entanto, o valor não foi revelado.

A outra medida é a antecipação das parcelas, de 2012, da gratificação do Nova Escola aos professores, o que representaria para os docentes um reajuste de 9,2%. As duas propostas serão votadas pelos deputados apenas em agosto, após o fim do recesso dos parlamentares.

Caso a medida seja aprovada pela Alerj, o salário base do professor, com carga horária de 16 horas semanais, passará de R$ 765,66 para R$ 836,10. A Secretaria estadual de Educação informou que em 2011, mais de R$ 1,2 bilhão serão investidos no setor.

Reivindicações dos professores
No final da tarde desta quinta, Melo se reuniu com um grupo de professores do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe).Também participaram da reunião o secretário estadual de educação, Wilson Risolia, o secretário estadual de planejamento e gestão, Sérgio Ruy, além do secretário de governo, Wilson Carlos.

"Eles querem avançar mais, o governo tem a sua limitação. Nós estamos buscando dentro da limitação do governo, o máximo de avanço que podemos conseguir", falou o deputado Paulo Melo.

Os grevistas pedem um aumento de 26% para professores e funcionários, incorporação imediata da gratificação do programa Nova Escola, descongelamento do plano de carreira dos funcionários e o direito de realizar eleições para diretores nas escolas.

Continuação da greve

A greve continua, Cabral a culpa é sua!!!

 

A coordenadora do Sepe-RJ, Maria Beatriz Lugão, disse que após a reunião, a categoria percebeu um avanço nas negociações com o governo. No entanto, a paralisação dos professores da rede estadual continua nesta quinta-feira (14). Na sexta-feira (15), os docentes vão se reunir em uma nova assembleia para discutir os rumos da greve.

"É complicado. Enquanto não tiver o percentual de reajuste, nós não temos coisas mais palpáveis para visualizar a suspensão do movimento", disse a coordenadora do Sepe.

Acampamento
Desde a última terça-feira (12), os professores montaram um acampamento em frente à Secretaria de Educação, na Rua da Ajuda, no Centro do Rio. Os representantes da classe informaram que o acampamento só será desfeito após um acordo entre o governo e os sindicalistas.

Greve dos professores (Foto: Thamine Leta/G1)Mais de 10 barracas foram montadas em frente ao
prédio da Secretaria de Educação
(Foto: Thamine Leta/G1)

Na terça-feira (12), um grupo de professores invadiu o saguão do edifício do governo durante uma manifestação no Centro por melhores salários.


Reposição de aulas
No dia 7 de julho, a Secretaria de Educação informou que os grevistas terão de repor as aulas perdidas durante a paralisação. Dessa forma, segundo o órgão, o governo não vai descontar os dias parados. Em nota oficial, a Secretaria informou que a decisão é da Justiça do Rio.

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