Publicada em 30/06/2011 às 19h01m o globo
SANTIAGO DO CHILE - Mais de 150 mil pessoas foram às ruas de Santiago do Chile nesta quinta-feira marchar por melhorias no sistema de educação do país, em protestos tratados pela imprensa local como históricos e classificados por líderes estudantis como um passo firme na luta por suas reivindicações.
Em nível nacional, as manifestações teriam reunido 400 mil pessoas em várias cidades segundo os organizadores - a polícia ainda pretende divulgar suas estimativas. Pelo menos 20 pessoas foram presas, três delas estudantes com bombas de fabricação caseira.
Os incidentes violentos foram isolados, apesar de a polícia ter chegado a usar bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar a multidão na capital. Os confrontos ocorreram no final da manifestação, quando grupos de pessoas encapuzadas apedrejaram uma farmácia e um banco em Santiago. Carros também foram atacados.
Os líderes estudantis alegam que a passeata foi infiltrada por pessoas que receberam dinheiro para causar confusão.
- Foi um dia grandioso, um sinal de que este é um movimento cidadão pela educação pública - disse Jaime Gajardo, um dos professores que lideraram os protestos.
Um dos objetivos do protesto, liderados por organizações estudantis, era o de superar a histórica manifestação do último dia 16, que também reunião dezenas de milhares em Santigo. A manifestação, autorizada na véspera pelo governo, começou ainda pela manhã e terminou no meio da tard.
- Estamos à beira de um marco na mobilização pela recuperação da educação pública. O governo vai ver de novo que nossas demandas são tão fortes que nada nem ninguém nos deterá - disse Camila Vallejo, presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile (FECh).
Na terça-feira, o governo chileno decidiu adiantar as férias de inverno em mais de 200 colégios ocupados por estudantes que fazem parte do movimento, que exige melhores na educação pública. A medida foi uma tentativa de enfraquecer a paralisação nacional, marcada para esta quinta-feira.
Há cerca de um mês o governo enfrenta protestos estudantis e a ocupação de escolas públicas, assim como de universidades.
Vai aí outra visão na manifestação, mesmo pequena e esmaecida (o jornal não a apresenta maior na internet, só comprando nas bancas ou assinando...), .
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